Canêz, L.S./ Lorenz-Lemke, A.P. 2014: [Abstract:] Estudos taxonômicos e filogenéticos em Punctelia (Parmeliaceae): Uma perspectiva sobre espécies brasileiras. - In: : Livro de Resumos do Sétimo Encontro do Grupo Brasileiro de Liquenólogos. 1. Grupo Brasileiro de Liquenólogos pp. 29-30. [RLL List # 248 / Rec.# 39009] Abstract: Punctelia foi proposto em 1982 por Krog para abarcar aquelas espécies de Parmelia s.l. que apresentavam atranorina no córtex superior, superfície superior com pseudocifelas puntiformes, medula com ácidos graxos, ácidos lecanórico e/ou girofórico e conídios filiformes ou unciformes. O pequeno gênero que continha 22 espécies quando proposto, tem atualmente 46 espécies, evidenciando uma variação morfológica bem maior do que a esperada. Compostos químicos medulares nunca antes citados para Punctelia, como liquexantona nas pseudocifelas, serviram como base para descrever a nova espécie Punctelia eganii Hodkinson & Lendemer. Análises de filogenia molecular suportam a monofilia de Punctelia, entretanto a relação entre as espécies é bastante controversa. Esforços estão sendo feitos pela comunidade científica para entender a relação entre as espécies, assim como para melhor delimitar complexos de espécies. Como exemplo, pode-se citar o estudo de Punctelia sorediadas da América do Norte, que por dados moleculares, morfológicos e geográficos reforçam P. jeckeri (Roum.) Kalb e P. perreticulata (Räs.) G. Wilh. & Ladd como boas espécies e registram uma nova espécie dentro deste grupo: P. caseana Lendemer & Hodkinson. Entretanto, nenhum dos trabalhos considerou espécimes da América do Sul, local onde o gênero apresenta a maior diversidade. Das 46 espécies conhecidas, 70% ocorrem na América do Sul. Para o Brasil são citadas 38 espécies, o que corresponde a 54% da diversidade mundial e 78% da diversidade encontrada na América do Sul. Buscando entender a biodiversidade escondida em complexos de espécies ditos cosmopolitas, avaliamos as sequências dos espaçadores internos transcritos do DNA ribossomal nuclear (ITS) e do gene SSU (small subunit) do DNA ribossômico mitocondrial. Os estudos morfológicos detalhados nos espécimes coletados e os dados moleculares preliminares apontam para a necessidade de reavaliar as características de importância taxonômica, como a morfologia das pseudocifelas, por exemplo. Observou-se que não só sua presença deve ser considerada, mas também sua abundância, localização e conspicuidade mostraram-se bons caracteres específicos, separando P. bolliana (Müll. Arg.) Krog (América do Norte) de P. osorioi Canêz & Marcelli (Brasil), por exemplo. O mesmo aconteceu com rizinas, que se mostraram mais diversas, com espécies chegando a apresentar certo nível de dimorfismo e diferenças na distribuição na superfície inferior. Espécies ditas cosmopolitas como P. borreri (Sm. ex Turn.) Krog e P. reddenda (Stirt.) Krog anteriormente redados moleculares reforçam que a morfologia distinta de espécimes tropicais reflete-se em clados distintos e apontam que mais de uma espécie está envolvida sob um único nome. Esses resultados, ainda que preliminares, demonstram a necessidade de ampliar o número e a distribuição de espécimes analisados de cada espécie para uma abordagem filogeográfica no reconhecimento dos táxons e, para, além disso, conhecer a filogenia das espécies do gênero. feridas para o Brasil, de fato não ocorrem aqui. Nossos
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