Koch, N.M./ Lucheta, F./ Martins, S.M.A./ Vargas, V.M.F. 2014: [Abstract:] Biomonitoramento da poluição atmosférica com Parmorema tinctorum (Despr. ex Nyl.) Hale ao longo de um gradiente industrial. - In: : Livro de Resumos do Sétimo Encontro do Grupo Brasileiro de Liquenólogos. 1. Grupo Brasileiro de Liquenólogos pp. 47. [RLL List # 248 / Rec.# 39018] Abstract: As comunidades de liquens estão entre as comunidades mais sensíveis em nível de ecossistema. Liquens são organismos amplamente utilizados como indicadores ecológicos para o monitoramento dos efeitos das alterações ambientais, especialmente das mudanças em decorrência de poluição atmosférica. Dentre as formas de monitorar a poluição atmosférica com liquens está a metodologia de transplantes, que tem a vantagem serem mais facilmente padronizada. Com base nisso, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade atmosférica ao longo de um gradiente de poluição industrial, em áreas próximas a região metropolitana de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. O biomonitoramento foi realizado com o transplante do líquen Parmotrema tinctorum (Nyl.) Hale de áreas com menor poluição industrial e urbana, para os munícipios de Esteio, Triunfo e Charqueadas (sob influência de poluição industrial mais intensa), Montenegro, Santo Antônio da Patrulha e Caraá (sob influência de poluição industrial moderada). As seguintes substâncias foram analisadas nos talos dos liquens: Enxofre, Cobre, Zinco, Ferro, Manganês, Cromo, Níquel, Chumbo, Vanádio e Alumínio. Foram analisadas também o percentual de células vivas, mortas e plasmolizadas da alga, o conteúdo de carbono orgânico e o teor de clorofilas a e b, como forma de testar a resposta fisiológica do líquen à poluição de cada local. Análises de variância (uni - ANOVA e multivariada - MANOVA) foram feitas entre os grupos (poluição intensa e moderada) para verificar se havia diferenças significativas quanto as substância tóxicas e os danos fisiológicos nos liquens, bem como uma análise de coordenadas principais (PCoA) para verificar as diferenças entre as áreas. Somente o Enxofre (maior nas áreas de poluição mais intensa, F = 4,63; P = 0,05) e o Zinco (maior nas áreas de poluição industrial moderada, F = 5,47; P = 0,03) apresentaram diferenças significativas. Quanto às alterações fisiológicas, não houve diferenças nas células das algas dentro dos grupos, nem mesmo para a clorofila. A PCoA com todas as variáveis (químicas e fisiológicas) explicou 32% da variação total e a MANOVA entre os grupos (diferentes graus de poluição) foi significativa (SS = 0,72; P = 0,02). Pode-se concluir que todas as áreas amostradas têm algum grau de poluição, e que a intensidade desta não é tão clara como havíamos pensado inicialmente. Estes resultados são preliminares e novas amostragens estão sendo feitas para que se possam explicar melhor tais variações.
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