Dantas, R.V./ Käffer, M.I./ Martins, S.M.A. 2014: [Abstract:] Análise da distribuição vertical das espécies liquênicas corticícolas no Bioma Pampa, RS. - In: : Livro de Resumos do Sétimo Encontro do Grupo Brasileiro de Liquenólogos. 1. Grupo Brasileiro de Liquenólogos pp. 60. [RLL List # 248 / Rec.# 39029] Abstract: Gradientes microclimáticos tais como, luminosidade e umidade estão entre os principais responsáveis pela distribuição e desenvolvimento dos liquens ao longo dos troncos. As comunidades liquênicas se desenvolvem desde a base dos troncos das árvores até o dossel, onde num mesmo forófito podem ser verificadas diferenças no estabelecimento destas espécies, indicando modificações estruturais na comunidade. O estudo teve como objetivo analisar a distribuição vertical das espécies liquênicas corticícolas em mata ribeirinha na APA do Rio Ibirapuitã, RS. Verificaram-se possíveis diferenças na riqueza de espécies em relação aos diferentes níveis de altura do tronco, entre os ambientes e orientação Norte/Sul, através de Anova one-way. Foi realizado o teste de Monte Carlo para avaliar a presença de espécies indicadoras especialistas em altura. Os liquens foram analisados em 12 áreas amostrais, distribuídas em três regiões ao sul da APA do Ibirapuitã: Fazenda Lolita (LO1-LO6), Estância São Maurício (MA1-MA3) e Fazenda Rincão Bonito (RB1-RB3). Em cinco forófitos de cada área amostral foram dispostas folhas de acetato, a partir de 50 cm de altura do solo até 150 cm, sendo que as folhas foram divididas em cinco níveis de 20 cm cada, nas faces Norte e Sul dos forófitos. Foi analisado um total de 60 indivíduos arbóreos e aferiu-se a amplitude de fixação do talo de cada espécie liquênica, através da diferença entre a altura máxima e altura mínima onde o talo foi encontrado. Diferenças significativas foram verificadas na riqueza de espécies em relação aos ambientes e a posição norte (F=15,45; df=18,84; P<0,05) e sul dos troncos (P=7,51, df=18,76; P<0,05), assim como em relação a orientação sul (F=4,66; df=27,39; P<0,05). Quanto às espécies indicadoras, três espécies foram consideradas especialistas em altura: Leptogium isidioselum (IV=100; P= 0,009), Parmelinopsis minarum (IV=80; P=0,0290) e Usnea aungulata (IV=75; P=0,0660). As áreas LO4 e LO6 (23 LN e 28, 32 LS, respectivamente) apresentaram os menores valores de riqueza em altura em relação às áreas MA2 e RB2 (64, 51 LN e 61,56 LS, respectivamente). A estrutura da paisagem nas diferentes áreas analisadas, as práticas de manejo nos diferentes locais, especialmente pelas práticas agropastoris, as características e posição dos forófitos possivelmente são fatores que influenciaram na distribuição e estabelecimento das espécies.
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